Antiguidades

22:04 20/8/2012 Estou aqui, navegando pela internet, ouvindo Pink Floyd, The Dark Side of the moon, enquanto Alexandre, meu marido, jogo Assassins Creed Brothehood... Penso em escrever sobre coisas que já aconteceram comigo. Esse ano eu voltei a ter crise de depressão e penso que isso poderia me ajudar a colocar a casa mental em ordem. Enfim, é uma desculpa pra eu escrever um pouco, já que tenho 2 textos prontos, mas que tenho meio que vergonha, receio, sei lá. O stream do site dá umas picadas malditas, mas tudo bem. Bom, tudo começou. Nossa, que clichê! Parece continho infantil! Mas vai, estou nervosa por dividir isso. Então, deixa eu contar em forma de "causos" que é mais descontraído e menos opressivo. Minha primeira lembrança. Então, eu ainda era muito pequena e onde eu moro com meu povo tem muitas lagoas, na verdade a cidade se chama Sete Lagoas e, num dia, estava andando pela beira da lagoa paulino, a principal daqui. Acho que estava com minha mãe, eu não faço idéia de quantos anos eu tinha na época, mas, enfim, isso não importa. Na beira da lagoa tem um monte daquelas palmeiras que enchem de lagarta e adivinha, uma delas caiu exatamente no meu ombro esquerdo. Estávamos em frente ao prédio Iporanga, auge dos grandes bailes da época. Me lembro de pular, gritar e quase morrer de medo. tentando tirar a porcaria do bicho! E nem era uma lagarta que queimava... mas explica isso pra uma criança. Até hoje o animal que mais me aterroriza é exatamente a lagarta. Qualquer uma, de qualquer cor, formato ou tamanho. Sinto inclusive pânico, só de ver uma foto de um bicho desses. Por falar em lagarta, tenho outra história sobre essa malditinha. Nessa eu já era bem maior. Uns 15 anos eu acho.Fomos em Capim Branco, uma cidadezinha aqui perto de Sete Lagoas, visitar uma amiga da miha avó, chamada Carminha. Ela já tinha trabalhado pra vó antes como doméstica, mas depois ficou doente e teve que parar com os trabalhos fora. Hoje ela até já se foi. Lembro dela com Carinho. Mas, enfim, na casa dela tinha um quintal com verdura, frutas, coisa de sítio, sabe, e o pé de goiaba tava carregado! Eu nem precisei pedir porque ela mesma falou que podia subir no pé e pegar goiaba. E era daquelas goiabas vermelhas docinhas. Lá fui eu, subir no pé de goiaba. Quando tentei alcançar uma goiaba bonitona que tava mais acima, esbarrei numas folhas e sentí algo pesado no meu dedo e quando tirei a mão do meio das folhas... uma lagarta, um filhotinho de uns 2 centímetros bem acima do nó do meu dedo indicador direito. Sabe aquelas lagartas verdes com uma espécie de "pinheirinhos" verdes nas costas? Pois é... ela tava grudada no meu dedo e eu quase caí da árvore. Ainda tive que descer com aquela coisa em mim e procurar um pauzinho no chão pra cutucar aquela desgraça até arrancar de mim. Sim, foi aterrorizante. MUITO. E imagine que eu já odiava essa porcaria de lagarta. O panico virou pavor. Desde então me dá calafrio e náusea só de ver alguma perto de mim. Pra ser sincera, só de imaginar uma em mim meu corpo reage e eu chego a bater a mão no ombro ou no braço se eu achar que algo pode estar subindo por alí! Bom, voltando a época de criança... em frente à nossa casa tem os nossos vizinhos e antigamente eles tinham um quintal enorme cheio de cana de açucar, jaboticaba, etc. Só que eles me convidavam e eu não ia lá por causa do cachorro deles, o Rex - In memoriam - um cachorro misturado, acho que pastor alemão com fila, algo assim e o cachorro não ia com a minha cara de jeito nenhum. Ele tentava pular o muro pra me pegar e quando eu precisava sair e ele tava na rua eu não ia. Porque ele parava e ficava olhando fixamente pra mim. Bom, um dia eu precisava ir eu sei lá onde, de qualquer jeito, e ele tava lá na outra esquina, longe pra caramba. Eu pensei comigo, vou aproveitar e ir pro lado oposto. Fechei o portão... cheguei na frente da casa da segunda vizinha e ele veio voando sei lá de onde, acho que se teletransportou, não tem explicação. Ele pulou em mim, tentou morder o meu rosto duas vezes. Eu fiquei tão aterrorizada que fiz xixi nas calças e voltei pra casa chorando, completamente chocada. Contei tudo pra minha mãe. Continua... 22:51 20/8/2012